Texto base: 1º Corintios 13.13.
Pergunta: Porque Paulo diz que o Amor é o maior de todos os dons?
Introdução
Neste trabalho iremos abordar sobre o Amor, o seu significado, a sua importância na teologia paulina.
Paulo por várias vezes em suas cartas fala sobre o Amor, mencionando também a fé e a esperança mas, em 1º Corintios 13.13 ele nos diz que o Amor é maior do que todos os dons, mas porque o Amor é maior?
Buscaremos responder a essa pergunta analisando a importância dos dons apresentado por Paulo no versículo 13.13 de 1º Corintios, através de uma visão paulina.
Amor, 1 Coríntios 13.
Paulo destaca o amor como o maior fruto, o maior dom e o maior elemento da Tríade Paulina, ao lado da esperança e da fé (I Co 13.13). Pois fé, esperança e amor são dons a serem exercitados, veiculado pela expectativa da comunhão em Cristo pelo Espírito. Sendo assim, essa construção do amor entre fé e esperança ajuda a concepção paulina para estabelecer conceitos, diretrizes e medidas pastorais a favor das comunidades primitivas. O maior sinal da presença do Espírito Santo e sua maior manifestação é o amor. Em I Coríntios 12.31 o apóstolo exorta a Igreja a aspirar os melhores dons. Usa uma palavra que significa "desejar ardentemente, aspirar". Em I Coríntios 14.1 exorta os coríntios para que procurem os melhores dons e usa a mesma palavra de 12.31. Mas quando se refere ao amor usa outra palavra que tem o sentido de "perseguir, buscar, esforçar-se, correr atrás", indicando uma ação que é persistente e não termina nunca. Quando se refere ao amor Paulo é mais enfático. Em outras palavras o apóstolo está dizendo o seguinte: "desejem os melhores dons, mas persigam com insistência o amor". Ele diz que sem o amor os talentos, as capacidades naturais e sobrenaturais, não são nada (I Co 13.1-3).
Essa importância central do amor na pregação de Paulo sobre a nova vida pode ser mostrada de várias maneiras. Assim como fé pode ser chamada de modo de existência da nova vida, o mesmo é valido para o amor. Estar "radicado em Cristo" também pode ser descrito como estar "arraigado em amor" (cf. Cl 2.7 e Ef 3.17). "Ser nova criatura" também pode ser expresso como "fé que atua pelo amor" (cf. Gl 6.15 e 5.6).
O amor é mencionado junto com a fé e a esperança como o verdadeiro cerne e conteúdo da vida cristã (1Co 13.13; 1Ts 1.3; Cl 1.4; Gl 5.5; 1Tm 6.11; 2 Tm 3.10; Tt 2.2). O amor é o primeiro fruto do Espírito (Gl 5.22; Rm 15.30; Cl 1.8). O amor, portanto, explica o que significa estar em Cristo, estar no Espírito, estar na fé. Nele realiza-se a liberdade do pecado, para a qual os crentes foram chamados em Cristo (Gl 6.2).
Esse amor deriva sua importância central do fato de que ele é o reflexo do amor de Deus em Jesus Cristo. Em segundo lugar esse amor constitui o elemento vital para a igreja. É em amor que o corpo, do qual Cristo é o cabeça, é edificado (Ef 4.15,16), no qual juntos os crentes são arraigados e alicerçados (Ef 3.27). Por esse motivo o amor é chamado de vinculo da perfeição (Cl 3.14); na verdade, a seu próprio modo, ele forma a unidade da igreja (Cl 2.2).
Conseqüentemente, a aplicação do mandamento do amor tem em Paulo o efeito claro de estimular a igreja uma forte consciência de responsabilidade mútua, de juntos formarem uma unidade, e assim, colocarem o amor a serviço da edificação de igreja. Essa estrutura de idéia paulina de amor pode ser demonstrada tanto positiva como negativamente de varias maneiras.
Em 1 Coríntios 12, Paulo deriva seu argumento da unidade do corpo; assim como os membros, cada um por sua parte e em seu devido lugar formam, em conjunto, um corpo, assim também os crentes com seus vários dons e talentos formam a unidade do corpo de Cristo; eles também devem ter consciência dessa comunhão mútua e agir de acordo com ela. Contudo, ao chegar nesse ponto da admoestação, ele aponta para alem desses dons e mostra um caminho que é ainda mais excelente, isto é, o caminho do amor (1Co 13).
Comparado com esse amor, nem o mais excelente dos dons tem qualquer valor. Nem o de falar em línguas, nem o conhecimento dos mistérios, nem a fé para fazer milagres ou para entregar todos os bens e a si mesmo. Sem amor, mesmo aquele que possui todos esses dons teria de dizer a respeito de si mesmo:
... sou como o bronze que são ou como címbalo que retine.
... nada sou.
... nada disso me aproveita.
Justamente pelo fato de o amor, assim como a fé e a esperança, ser o modo de existência da Igreja cristã, ele deve revelar-se no vinculo dos irmãos, no colocar-se a serviço dessa edificação; desse modo, o amor cristão não é individualista, arrogantemente separatista, mas sim acima de tudo, preocupa-se com o corpo e não com o individuo. Por esse motivo, não ter amor significa não ter coisa alguma, independentemente do dom brilhante que se tenha recebido. Porquanto, sem amor não há comunhão com o corpo, no qual, exclusivamente, pode-se encontrar a participação em Cristo.
Por fim, é válido para o amor que, em sua distinção dos dons, ele jamais acaba. Porquanto, não é nos dons que a igreja esta arraigada e alicerçada, mas sim no amor. Os dons não constituem o elemento vital do corpo de Cristo, o poder que cria união dentro dele, mas sim o amor. No entanto, os dons desaparecerão e cessarão (VS 8-10). Mas isso não se aplica no amor. Juntamente com a fé e a esperança, ele tem significado permanente, na verdade é o maior desses três. Portanto, o amor consiste não apenas na relação com a salvação do Senhor (como a fé e a esperança), mas nele, a salvação já se realizou como recriação da vida humana dentro da comunhão do corpo de Cristo. Por esse motivo, o amor, apesar de não ser possível sem a fé e a esperança, ainda assim é o maior. Ele é maior não apenas em sua manifestação individual mas, como fica evidente a partir de todo contexto de 1 Coríntios 12 e 13, acima de tudo, por causa da unidade que se manifesta nele da igreja que Deus tomou para si, do corpo de Cristo, templo de Espírito Santo.
Amor puxa vida hein Eu acho que a falta dele tem trazido prejuizos irreparáveis.
ResponderExcluirAtt. Evangelista Marcelo Nogueira
As igrejas querem saber é de bençãos materiais, é por isso que as pessoas estão assim "perdidas", necessitam realmente de Deus, conhecer a respeito da verdade,que é a salvação.
ResponderExcluirPaz e Graça.