segunda-feira, 6 de abril de 2009

Amor 1º Corintios 13

Assunto: Amor

Texto base: 1º Corintios 13.13.

Pergunta: Porque Paulo diz que o Amor é o maior de todos os dons?

Introdução

Neste trabalho iremos abordar sobre o Amor, o seu significado, a sua importância na teologia paulina.

Paulo por várias vezes em suas cartas fala sobre o Amor, mencionando também a fé e a esperança mas, em 1º Corintios 13.13 ele nos diz que o Amor é maior do que todos os dons, mas porque o Amor é maior?

Buscaremos responder a essa pergunta analisando a importância dos dons apresentado por Paulo no versículo 13.13 de 1º Corintios, através de uma visão paulina.

Amor, 1 Coríntios 13.

Paulo destaca o amor como o maior fruto, o maior dom e o maior elemento da Tríade Paulina, ao lado da esperança e da fé (I Co 13.13). Pois fé, esperança e amor são dons a serem exercitados, veiculado pela expectativa da comunhão em Cristo pelo Espírito. Sendo assim, essa construção do amor entre fé e esperança ajuda a concepção paulina para estabelecer conceitos, diretrizes e medidas pastorais a favor das comunidades primitivas. O maior sinal da presença do Espírito Santo e sua maior manifestação é o amor. Em I Coríntios 12.31 o apóstolo exorta a Igreja a aspirar os melhores dons. Usa uma palavra que significa "desejar ardentemente, aspirar". Em I Coríntios 14.1 exorta os coríntios para que procurem os melhores dons e usa a mesma palavra de 12.31. Mas quando se refere ao amor usa outra palavra que tem o sentido de "perseguir, buscar, esforçar-se, correr atrás", indicando uma ação que é persistente e não termina nunca. Quando se refere ao amor Paulo é mais enfático. Em outras palavras o apóstolo está dizendo o seguinte: "desejem os melhores dons, mas persigam com insistência o amor". Ele diz que sem o amor os talentos, as capacidades naturais e sobrenaturais, não são nada (I Co 13.1-3).

Essa importância central do amor na pregação de Paulo sobre a nova vida pode ser mostrada de várias maneiras. Assim como fé pode ser chamada de modo de existência da nova vida, o mesmo é valido para o amor. Estar "radicado em Cristo" também pode ser descrito como estar "arraigado em amor" (cf. Cl 2.7 e Ef 3.17). "Ser nova criatura" também pode ser expresso como "fé que atua pelo amor" (cf. Gl 6.15 e 5.6).

O amor é mencionado junto com a fé e a esperança como o verdadeiro cerne e conteúdo da vida cristã (1Co 13.13; 1Ts 1.3; Cl 1.4; Gl 5.5; 1Tm 6.11; 2 Tm 3.10; Tt 2.2). O amor é o primeiro fruto do Espírito (Gl 5.22; Rm 15.30; Cl 1.8). O amor, portanto, explica o que significa estar em Cristo, estar no Espírito, estar na fé. Nele realiza-se a liberdade do pecado, para a qual os crentes foram chamados em Cristo (Gl 6.2).

Esse amor deriva sua importância central do fato de que ele é o reflexo do amor de Deus em Jesus Cristo. Em segundo lugar esse amor constitui o elemento vital para a igreja. É em amor que o corpo, do qual Cristo é o cabeça, é edificado (Ef 4.15,16), no qual juntos os crentes são arraigados e alicerçados (Ef 3.27). Por esse motivo o amor é chamado de vinculo da perfeição (Cl 3.14); na verdade, a seu próprio modo, ele forma a unidade da igreja (Cl 2.2).

Conseqüentemente, a aplicação do mandamento do amor tem em Paulo o efeito claro de estimular a igreja uma forte consciência de responsabilidade mútua, de juntos formarem uma unidade, e assim, colocarem o amor a serviço da edificação de igreja. Essa estrutura de idéia paulina de amor pode ser demonstrada tanto positiva como negativamente de varias maneiras.

Em 1 Coríntios 12, Paulo deriva seu argumento da unidade do corpo; assim como os membros, cada um por sua parte e em seu devido lugar formam, em conjunto, um corpo, assim também os crentes com seus vários dons e talentos formam a unidade do corpo de Cristo; eles também devem ter consciência dessa comunhão mútua e agir de acordo com ela. Contudo, ao chegar nesse ponto da admoestação, ele aponta para alem desses dons e mostra um caminho que é ainda mais excelente, isto é, o caminho do amor (1Co 13).

Comparado com esse amor, nem o mais excelente dos dons tem qualquer valor. Nem o de falar em línguas, nem o conhecimento dos mistérios, nem a fé para fazer milagres ou para entregar todos os bens e a si mesmo. Sem amor, mesmo aquele que possui todos esses dons teria de dizer a respeito de si mesmo:

... sou como o bronze que são ou como címbalo que retine.

... nada sou.

... nada disso me aproveita.

Justamente pelo fato de o amor, assim como a fé e a esperança, ser o modo de existência da Igreja cristã, ele deve revelar-se no vinculo dos irmãos, no colocar-se a serviço dessa edificação; desse modo, o amor cristão não é individualista, arrogantemente separatista, mas sim acima de tudo, preocupa-se com o corpo e não com o individuo. Por esse motivo, não ter amor significa não ter coisa alguma, independentemente do dom brilhante que se tenha recebido. Porquanto, sem amor não há comunhão com o corpo, no qual, exclusivamente, pode-se encontrar a participação em Cristo.

Por fim, é válido para o amor que, em sua distinção dos dons, ele jamais acaba. Porquanto, não é nos dons que a igreja esta arraigada e alicerçada, mas sim no amor. Os dons não constituem o elemento vital do corpo de Cristo, o poder que cria união dentro dele, mas sim o amor. No entanto, os dons desaparecerão e cessarão (VS 8-10). Mas isso não se aplica no amor. Juntamente com a fé e a esperança, ele tem significado permanente, na verdade é o maior desses três. Portanto, o amor consiste não apenas na relação com a salvação do Senhor (como a fé e a esperança), mas nele, a salvação já se realizou como recriação da vida humana dentro da comunhão do corpo de Cristo. Por esse motivo, o amor, apesar de não ser possível sem a fé e a esperança, ainda assim é o maior. Ele é maior não apenas em sua manifestação individual mas, como fica evidente a partir de todo contexto de 1 Coríntios 12 e 13, acima de tudo, por causa da unidade que se manifesta nele da igreja que Deus tomou para si, do corpo de Cristo, templo de Espírito Santo.

2 comentários:

  1. Amor puxa vida hein Eu acho que a falta dele tem trazido prejuizos irreparáveis.

    Att. Evangelista Marcelo Nogueira

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  2. As igrejas querem saber é de bençãos materiais, é por isso que as pessoas estão assim "perdidas", necessitam realmente de Deus, conhecer a respeito da verdade,que é a salvação.
    Paz e Graça.

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